BATTEFIELD: HARDLINE
A POLICIA E LADRÃO DOS NOSSO TEMPOS
Battlefield: Hardline finalmente traz algo diferente da temática de guerras.
Nações lutando entre si em busca de poder, terrorismo, criminosos radicais e tudo aquilo que vem embutido no pacote de embates militares que envolvem os Estados Unidos foram deixados um pouco de lado nesta edição.
Agora é a vez da temática polícia contra ladrão: Uma das brincadeiras mais legais de todos os tempos, de quando você explora o mundo como uma criança.
Ao menos, era minha segunda brincadeira favorita. A primeira era Comandos em Ação (G.I. Joe).
A Electronic Arts e a Visceral Games (de Army of Two e Dead Space) mandaram bem ao introduzir uma campanha divertida e cheia de cenas de ação.
A narrativa gira em torno de Nick Mendonza, um policial cubano que tenta limpar o sujo legado de seu pai, que era um policial corrupto, desempenhando o papel de um homem íntegro e com princípios.
Isso, dentro de um ninho de ratazanas, acaba não dando muito certo e gera problemas e intrigas para o personagem. Logo, ele se vê em meio a um conflito entre policiais corruptos e a sujeira dos maiores magnatas de Miami.
Com tempos de loading extremamente rápidos, o game tem uma apresentação limpa, bonita e ágil.
As fases são divididas em capítulos e tudo é apresentado como se fosse um seriado. Há até um “anteriormente em Battlefield: Hardline…” quando você desliga o console e volta a jogar depois de um tempo.
Como de praxe, os efeitos visuais, sonoros (som dos tiros e ambientação) são muito bem feitos e passam realismo na hora dos combates.
Talvez o maior erro da EA neste jogo esteja na dublagem para a versão brasileira.
Temos o azar de nos deparar com Roger Moreira (do ultraje a Rigor) como dublador do protagonista.
Ficou horrível.
O que era de se esperar de alguém sem experiênia profissional em dublagem ou atuação – ainda mais com uma voz natural que não exprime qualquer emoção?
Para desfrutar melhor do jogo, portanto, a recomendação é modificar o idioma do console para Inglês, como eu fiz. E como até o próprio dublador (O Roger) indicou que o façam. Além disso, o pessoal do Gamerview fez um vídeo comparando as dublagens.
Há elementos inovadores e muito bem-vindos para a série, como o fato de pressionar um botão para render os inimigos, permitindo que você os prenda, ganhe mais pontos e avance mais rápido de nível.
O ritmo de jogo ficou também mais rápido, a aventura oferece caixas com equipamentos em vários pontos para trocar armas, o que permite uma mudança de estratégia mais ágil.
Quem gosta de stealth, jogabilidade no estilo espião, também vai apreciar as fases da campanha para um jogador. Diversos momentos oferecem oportunidades de caminhar na surdina.
Eu já sou do tipo que mescla entre uma e outra coisa. Nem tão rambo, nem tão espião. E posso dizer que me diverti muito nos 10 capítulos e cerca de oito horas de campanha que o jogo oferece.
No modo online, que é o “carro-chefe”, diferentes modalidades oferecem entretenimento de sobra para os jogadores veteranos, como a disputa entre proteger e roubar pilhas de dinheiro, golpes, situações de reféns e os clássicos modos de Conquest e Mata-Mata.
A diferença é que desta vez há um fator viciante a mais para jogar online: ao invés de pontos para destravar armas de uma forma linear, você ganha dinheiro. Com a grana, dá para comprar novas armas, equipamentos, granadas e itens de combate – da forma, ordem e prioridade que desejar.
Battlefield: Hardline ainda tem probleminhas relacionados a bugs, como personagens que pairam no ar, corpos que atravessam paredes e coisas do tipo, mas representa os jogos da série em quesito qualidade.
A estrutura do jogo como um todo está até muito mais organizada e amigável – especialmente por não demorar para carregar telas, jogos ou missões (devido a instalação do conteúdo no console). Isso é muito bom e representa progresso em relação a série.
Seja ou não você veterano da série, trata-se de um jogo que vale totalmente o investimento e que pode render dezenas ou até centenas de horas de diversão.
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