quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

ASSASSIN’S CREED IDENTITY (IOS E ANDROID)

Assassin’s Creed: Identity é um dos novos games da famosa série lançado pela Ubisoft em 2015, por enquanto em algumas regiões e, por enquanto, exclusivamente no iOS, com uma versão de Android programada para o futuro. Sua maior diferença entre os outros jogos mobile da saga está nos gráficos, que são totalmente em um ambiente 3D de ação, lembrando bastante as versões disponíveis nos consoles. Mas será que, mesmo com gráficos de alto nível, o título é uma boa pedida para os fãs? Leia nossa análise para descobrir.
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História? Bem básica
Não há história em Assassin’s Creed Identity. O jogo é totalmente focado em missões, e elas possuem algumas explicações sobre os seus arredores, para te situar em cada situação, mas nada tão detalhado. Não espere saber mais de Ezio, Altair ou Arno nesta aventura. Aqui controlamos um assassino genérico que recebe as missões que precisa realizar.
Assassins Creed Identity (Foto: Divulgação)
Há ainda o “mundo atual”, como todo game da série, onde o jogador é um usuário do sistema Helix, similar ao que ocorre em Unity, e pode controlar pessoas do passado por meio de lembranças. É assim que é explicada a conexão com o assassino mas, novamente, sem muitos detalhes ou informações a respeito. Ao menos a personalização é alta, já que ele te permite criar um assassino do zero.
Isso pode ser algo ruim e bom ao mesmo tempo, já que estamos falando de um game para dispositivos móveis. A experiência realmente precisa ser mais simples e direta ao ponto, já que não é o tipo de aparelho que ficamos horas grudados na telinha para jogar algo, qualquer que seja o título. Ao mesmo tempo, é confuso ver uma aventura da saga Assassin’s Creed, que sempre foi conhecida por sua história, não ter um enredo bem desenvolvido.
Assassins Creed Identity (Foto: Divulgação)
Com esse esquema, ele também deixa de ser um jogo de mundo aberto, como nos consoles, para se tornar uma aventura de cenários fechados e limitados, de acordo com a missão que o jogador aceitar naquele momento ou em outro.

Controles virtuais

A jogabilidade de Identity, porém, tenta se manter a mais próxima o possível da edição encontrada nos consoles de qualquer outro jogo da série. Há todo o ambiente 3D e movimentação livre do assassino pelo cenário, algo que ocorreu pela primeira vez em um jogo mobile da saga, e por isso mesmo os controles precisaram de uma boa adaptação.
Assassins Creed Identity (Foto: Divulgação)
Isso veio com os controles virtuais, alavancas e botões que aparecem de forma dinâmica pela tela, de acordo com os dedos que a estiverem tocando. Um dedo apenas mostra um joystick virtual, para movimentar o personagem, enquanto dois ao mesmo tempo revela uma segunda alavanca, capaz de mover a câmera em 360 graus.
O problema com esse tipo de controle virtual continua sendo o mesmo: ele não funciona como deve funcionar, ao menos não 100%. É possível controlar seu personagem pela tela sem muitos problemas, mas você vai se atrapalhar, mesmo sem querer, ao subir uma parede que não era para subir, por exemplo.
Assassins Creed Identity (Foto: Divulgação)
Talvez por contra dos controles as missões sejam bem simples e envolvam apenas eliminar alvos, sem muita complexidade, o que também afeta no desafio do jogo e no seu fator de diversão ou longevidade. Apesar disso, elas costumam ser aleatórias, em termos de mapas e alvos, e nunca serão parecidas umas com as outras, o que é um ponto bem positivo, neste caso.
Mas, em termos de jogabilidade, temos diversos elementos em comum da série Assassin’s Creed presentes, o que é bom. Há o sistema de multidões, que permite ao seu assassino se disfarçar entre pessoas e permanecer anônimo, além das batalhas, que ficaram traduzidas de forma competente nos comandos virtuais, ao menos.

Visual inacreditável
É com seus gráficos que Assassin’s Creed Identity realmente brilha. O jogo é inacreditavelmente bonito para os padrões atuais de games de dispositivos móveis – que por si só já são altos -, com belos efeitos de luz, reflexo e uma variedade boa nos cenários, sem soar como algo repetitivo ou sem criatividade.
Isso, claro, vem com um preço, o que faz com que Identity só rode bem em aparelhos mais recentes. Ele é até compatível com o primeiro iPad Mini, por exemplo, mas vai rodar extremamente lento e pode até mesmo fechar sem qualquer aviso, fazendo com que o jogador perca seu progresso. Se for jogar Identity, recomendamos utilizar um dispositivo mais atual, se possível.
Assassins Creed Identity (Foto: Divulgação)
Os menus e navegação geral do jogo também são bem competentes, com tudo bem organizado e bem explicado, sem deixar dúvidas ou interpretações dúbias. E, apesar de ser gratuito, o jogo não faz uso abusivo de cobranças extras ao jogador, o que é até surpreendente, já que era o esperado, e não o contrário.

Conclusão

Assassin’s Creed Identity ainda tem um longo caminho pela frente para surpreender e tornar-se um jogo imperdível, mas, ainda assim, é digno de uma boa nota, por ser um título tão bonito e até, de certa forma, complexo para dispositivos móveis. Sua jogabilidade fica prejudicada pelo sistema de controles virtuais, mas as lutas estão bem feitas, e as missões geradas automaticamente e de forma aleatórias vão te divertir por algum tempo. Se a ideia era traduzir a jogabilidade dos consoles em um tablet ou smartphone, eles chegaram perto de fazer isso com alguma qualidade.

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