Batman: Arkham Origins é o novo game do Homem-Morcego para PC, Xbox 360 e PS3. O jogo traz novamente o personagem principal em foco, mas desta vez em seu início de carreira. O herói ainda não é tão experiente e não conhece todos os seus inimigos – algo que é um dos temas centrais do título, que decepciona em alguns pontos, mas acaba sendo uma experiência divertida. Confira:
Gotham: o início
Arkham Origins começa na prisão Blackgate, quando uma rebelião toma o lugar e obriga Batman a sair das sombras. Nessa ocasião, algumas pessoas até mesmo duvidam de sua existência e é neste momento que o herói decide botar um ponto final nas dúvidas e deixar claro aos criminosos quem é que manda no pedaço.
Imponente, o herói chega na prisão e lida com alguns figurões, como o Crocodilo. É aqui também que se desenrola o primeiro encontro com James Gordon, que nesta época ainda não era comissário, e sim tenente. O início do game é repleto de ação e vai direto ao ponto, sem deixar espaço para enrolações ou dúvidas.
O prólogo do jogo também deixa claro que Arkham Origins se preocupa menos com a história e mais com a ação. É claro que a história é legal de se acompanhar e repleta de informações divertidas, como reviravoltas na trama e tudo mais, mas nada comparado aos jogos anteriores. Pelo contrário, se distancia bastante.
Porém, não há muito o que se preocupar. Arkham Origins não faz feio ao apresentar seus vilões, que estão atrás da cabeça de Batman, que foi colocada a prêmio pelo criminoso conhecido como Máscara Negra. Este é o mote principal da aventura e é algo que vai dar muito trabalho ao Morcego, até por conta dos problemas secundários pelo caminho.
Jogabilidade: velha conhecida
Arkham Origins se esforça para ser bem parecido com os antecessores em termos de jogabilidade. Ainda é tudo muito bem feito e funcional, com Batman distribuindo socos e chutes ao apertar dos seus botões. O sistema de combos continua funcionando muito bem, ainda que as animações das lutas nos tenham parecido um pouco repetitivas demais – algo que não ocorria em Asylum/City.
Os contra-ataques também estão de volta e continuam sendo um ponto-chave nos combates. Mas, felizmente, o jogo não é feito apenas de embates e também demonstra uma certa personalidade em seus quebra-cabeças simples e solução de mistérios por meio de apetrechos utilizados por Batman, o que inclui até mesmo objetos inéditos.
Uma das funções inéditas do jogo é um modo de investigação bem mais detalhado. Pode parecer fora de contexto, já que não faz muito sentido Batman ter equipamentos melhores em seu início de carreira do que em Asylum/City, mas não dá para exigir muita coerência em jogo de super-herói. De qualquer forma, o modo de investigação é uma das coisa mais legais do jogo, já que te permite reconstruir cenas do crime, lembrando o jogo Remember Me.
Ainda que não seja possível alterar e remodelar a cena do crime, como no game da Capcom, é possível remontar tudo nos seus mínimos detalhes, com direito a visualização de objetos fora de contexto ou elementos que não estavam antes na cena. Tudo é bem feito e divertido de se investigar, um ponto alto em um jogo onde o principal personagem é conhecido por ser um grande detetive.
Desânimo: poucas horas depois
O maior problema de Arkham Origins, porém, é o se desenrolar e também o tempo. Poucas horas depois de iniciada, a aventura começa a ficar chata e “mais do mesmo”, parecendo o mesmo jogo de anteriormente. Apesar das novidades, a produtora não conseguiu mudar muito a “cara” do game, deixando-o como uma cópia em papel de Asylum ou City.
Isso se dá por conta do ambiente, já que boa parte do mapa faz parte do território que mais tarde viria a ser fechado para se tornar Arkham City, incluindo a Wonder Tower. Mas também à outros motivos: a história que só empolga em alguns poucos momentos, as lutas que podem soar cansativas e os bugs, muitos bugs.
Os bugs em Arkham Origins irritam e em alguns casos deixam o game injogável. A Warner já garantiu que vai resolver todos os problemas por meio de atualização, mas até lá nos resta sentar e aguardar – e sofrer com os problemas. Eles vão desde lentidão repentina em algumas partes do jogo, mesmo em consoles, ou até mesmo falhas gráficas, de colisão, de mira e por aí vai.
Vale lembrar que, como inovação, o jogo agora possui um modo multiplayer, mas ele não chega a ser tão interessante quanto parece. Ele funciona em modos de times e os jogadores se dividem em grupos de criminosos, enquanto outros dois comandam Batman e Robin na luta contra o crime. É divertido por alguns minutos, mas vai cansar logo, já que não é tão bem pensado assim.
O game nunca foi tão bonito
Sobre gráfico, Arkham Origins dá um show. O jogo é realmente bonito, tirando tudo o que pode dos consoles da atual geração, mais bonito do que os anteriores. Os efeitos de luz, a modelagem dos cenários, inimigos e demais personagens, tudo está muito bem feito e produzido, deixando o jogo agradável visualmente.
Além de ambientes grandes, o jogo também dá um show de efeitos, com luzes, sombras, tudo muito bem colocado conforme o jogador vai avançando pelos cenários. A parte sonora também agrada, com uma boa trilha sonora e direito a dublagem em português para quem não consegue entender o idioma original.
Conclusão
Batman: Arkham Origins está longe de ser tão bom quanto Asylum ou City, mas ainda assim é um jogo divertido. O game tem seus altos e baixos, mas durante muito tempo pode se tornar chato e repetitivo, sem o mesmo charme dos anteriores. Ao menos é bem bonito e algumas novidades devem agradar, apesar da história um pouco “mais do mesmo”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário